Tatuagem lesiona o Perispírito?

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Por: Mariana Garofalo

Há uma polêmica desmedida quando o assunto é tatuagem e espiritismo. O posicionamento espírita sobre este tema, e em qualquer outro, é bastante claro. A Doutrina Espírita nada impõe, não dita regras, não diz o que o indivíduo deve ou não fazer. O espiritismo orienta, traz racionalidade, esclarece e elucida por meio da compreensão.

Não existe nenhuma recomendação nas obras básicas sobre a utilização de tatuagens, porém reconhece-se que o corpo físico é um empréstimo da Divindade e cada Ser é responsável por seu Templo Divino, como é conhecido.

Muitos líderes espíritas são convictos de que pessoas que tatuam o corpo ou o enchem de piercings são espíritos primários e que ainda carregam lembranças intensas de experiências pretéritas. Mas o que de fato define a evolução e a moralidade do indivíduo? Não seriam seus atos, ações e pensamentos?

É fato: cor da pele, orientação sexual, tatuagens e piercigns não definem moralidade. É preciso medir a intenção e se essa lesão imposta ao próprio corpo foi por mero capricho ou modismo.

Mas e aí, a tatuagem lesiona o perispírito?

André Luiz no livro Evolução em Dois Mundos informa que o perispírito não é reflexo do corpo físico; é o contrário disso que se dá. As lesões do corpo físico só terão, pois, repercussão no corpo espiritual se houver fixação mental do indivíduo diante do acontecido, ou se o ato praticado estiver em desacordo com as leis que regem a vida.
Há diferentes formas de lesionar o corpo perispiritual: utilização de drogas, excessos de todos os âmbitos, maledicência, pensamentos negativos e doentios, ações e atitudes errôneas.
Lembremos que a Doutrina dos Espíritos é acolhedora e não julga atitudes alheias, não joga pedras e não possui preconceito. O livre arbítrio nos é dado, cabe a cada indivíduo avaliar os cuidados com o veículo físico, empréstimo do Criador.

Fonte: http://letraespirita.blogspot.com.br/2016/11/tatuagem-lesiona-o-perispirito.html

Publicado por Sérgio Cherci

www.companheirosdaluz.com.br

Um comentário em “Tatuagem lesiona o Perispírito?

  1. Tatuagem lesiona sim, a própria pessoa física e/ou espiritual, pois a encarcera em uma imagem, uma frase, um desenho ou um grafismo dos quais poderá enjoar amanhã. Por mais você goste da sua blusa amarela, se você usá-la sempre e de forma ininterrupta, vai acabar não gostando mais. Nada é para sempre. Tatuar o nome do ser amado achando que irá amá-lo a vida inteira, tem provado que não é bem assim, porque pessoas vão e vêm, amam e se desinteressam, dependendo das circunstâncias. Nosso corpo é sagrado, bonito na cor com que veio ao mundo, preto ou branco mas podemos enfeitá-lo até mesmo com tatuagens temporárias se gostamos tanto delas. O problema é a questão definitiva porque dói, custa caro retirá-la e nem sempre fica a contento. Se você gosta muito de um quadro, você tem a liberdade de mudá-lo de parede, de cômodo e até mesmo de desfazer-se dele porque descobriu que não gosta mais tanto assim, mas uma tatuagem, não. Ninguém pode prever o que vai estar pensando e gostando amanhã, a gente muda de idéia, ainda bem, porque conforme o tempo passa novas idéias substituem as anteriores, para melhor ou pior, mas não são mais as mesmas; porém tatuagens são marcas quase indeléveis e inapagáveis que nos identificam de forma permanente, diante do mundo e diante de nós mesmos. Mesmo se mudarmos de parceiro, de profissão, de endereço, de religião, de partido político ou de time de futebol, o que escrevemos e desenhamos sobre a nossa pele, nela ficará repetindo quem somos e o que fazemos, ainda que não sejamos nem façamos mais.

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